Se eu te contasse essa história, você não acreditaria. É a história de um menino. Um carinho. Um nascimento frágil, uma luta pela vida. Um menino que tinha tudo para ser dor e foi amor. Tudo para ser sofrimento e foi o riso singelo no rosto de um criança. Um menino meu filho. Um menino-anjo, que chegou para abrir suas asas sobre nós, para nos despejar sua luz. Um menino diabético e celíaco. Um menino quase ex-menino. Um herói, desses que nascem para as espadas do bem. Um valente, desses que surgem para a vitória da paz. Ele, seu olhar carinhoso, seu abraço afetuoso, sua teimosia em fazer a vida entender que ele era um menino feito para viver. Se eu te contasse essa história, você não acreditaria. O era uma vez de uma família, uma cidade pequena, um mãe, um filho. Um filho que fez uma mãe ser ainda mais mãe. Um filho que fez de uma mãe a alegria e a coragem para enfrentar os abismos que só uma mãe consegue. Pois ser mãe é ser rocha e nuvem. Montanha e lago. Pássaro e raiz. Ser uma mãe é ser aquilo que um filho precisa que ela seja. Guardiã e calmaria. Colo e determinação. Fé e leite. Esperança e afago. Brincadeira e firmeza. Compreensão e carícia. Afeto e limite. Uma mãe é tudo isso e mais muitas reticências. Uma mãe poderia ser um dicionário de gente. Mas uma mãe é imensamente mais que muitas palavras. Uma mãe é aquele ser que, quando o filho chega, vira o coração batendo. Dentro do olhos…