É científico o ato de me deixar amar
Tatuado sobre a pele há o medo da ferida,
da abertura ao coração-corpo-inteiro
Fiquei surda aos gritos apaixonados
debaixo das sacadas. E muda
aos próximos que se fizeram amantes
Não quis deixar entrar os que queriam me ser chave
Incoerência é o que mora nos gestos
das armaduras
Pois querem da vida a eternidade protegida
Mas a casa da eternidade não se esconde
Viver é o que arde
E o amor vaga por aí desgostoso
Como quem é porta
e finge ser parede.