Quando for me querer, me queira assim ó, com a ponta dos dedos, com o lado quente da língua…
Quando for me beber, me beba assim ó, com a boca suave dos lábios.
Quando for me deter, me detenha assim ó, pelas rédeas nos silêncios das palavras.
Quando for me prender, me prenda assim ó, com a liberdade das asas abertas.
E quando for me pousar, não pousa.
Deita apenas do meu lado e suspira profundamente
como quem sorve o ar
da carne
da alma.
Crédito da Foto: Joe Desousa