Você tá num papo suuuuper bacana com alguém. Conversa pra lá, pra cá, pra todo lado. Um diálogo. Eu falo, você escuta. Você fala, eu te ouço. Vamos trocando. Leve. Fluindo. Gostoso. De repente, eis que… A pessoa surge. Tipo o mestre dos magos da Caverna do Dragão. Sem que ninguém saiba de onde veio ou como chegou. E aí, pronto. Ou melhor. Ponto. Final. De verdade. End of conversation. E por quê? Porque ela não pergunta, não ouvê, não vê. Ela simplesmente quer falar. Falar falar falar. E falar dela, claro. Como se o centro de todo o universo fosse o umbigo dela. Como se o eixo de toda a vida na terra fosse? Ela ela ela. ‘Eu isso, eu aquilo, eu tão, eu tal’. Aí você olha pro papo anterior e troca aquele olhar do tipo: hein??? E vocês dois compreendem, ao mesmo tempo, na carne, aquela expressão: “meu ouvido não é penico”. Mas praquela pessoa tanto faz. Ela não tá te vendo na frente dela mesmo?! Meditação, meditação, me-di-ta-ção… Exercício de paciência. Realmente, tem gente que é tão carente, que parece não entender que além dela no mundo há muito mais gente.
*Crédito da Foto: Slava Fowman