Domingas Alvim

Escrevo e me batizo com a água santa do caos das palavras. Escrevo e faço de mim a correnteza do rio, o riso da lágrima, o sol da chuva, a vida do avesso. Escrevo e assim conheço o que desconheço... Na escrita, reencontro os que nunca encontrei, mato as saudades das memórias com as quais nunca sonhei. A escrita é meu pouso, meu refúgio, o lugar para onde eu fujo quando quero me encontrar. Profundamente... Se escrevo, é para tentar me buscar. Se escrevo, é para tentar te tocar. Na palavra respira o meu ar. Nela, redescubro o amor que me gera e fico mais perto da vida... Escrever é só. Só a minha maneira de pegar o mundo com as mãos…

Vazios compartilhados

Às vezes acordamos tristes. Coisas acontecendo. Vazios aparecendo. Mas a vida também é feita de lacunas. Existir também é vazio. Existir também pede que nós abracemos fantasmas… Saber lidar com o que ainda não há. No vazio, o espaço, ao movimento se abre. Do futuro, não sabemos. Mas ele chegará. E o movimento fará, novamente, …

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Descontraída

Eu era muito séria. Andava de cara fechada. Bico. Emburrada. Pra tudo era uma reclamação. Pro mínimo, um problemão. A vida era um subir de escadas, uma coisa amarrada, uma porta emperrada, uma praia nublada. Mas agora, chegou. Sai pra lá, mau humor. De ontem em diante eu quero é riso 0800. Tirar o franzido …

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