Domingas Alvim

Escrevo e me batizo com a água santa do caos das palavras. Escrevo e faço de mim a correnteza do rio, o riso da lágrima, o sol da chuva, a vida do avesso. Escrevo e assim conheço o que desconheço... Na escrita, reencontro os que nunca encontrei, mato as saudades das memórias com as quais nunca sonhei. A escrita é meu pouso, meu refúgio, o lugar para onde eu fujo quando quero me encontrar. Profundamente... Se escrevo, é para tentar me buscar. Se escrevo, é para tentar te tocar. Na palavra respira o meu ar. Nela, redescubro o amor que me gera e fico mais perto da vida... Escrever é só. Só a minha maneira de pegar o mundo com as mãos…

Nem todo mundo que tem tato, tem tato para entender…

Esses dias, pela primeira vez, conheci uma pessoa que não tem tato. Foi quase um escândalo. Em pensar que há pessoas com tato que não têm tato algum. Tato para saberem quando e como falar certas coisas, tato para lerem os sinais de choro por trás dos olhos, tato para sentir a necessidade à distância, …

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Acumuladora de Imatérias

Ok, eu confesso. Sou uma acumuladora. Acumuladora de coisas que não se acumulam. Acumulo viagens, mares, sóis, danças olhando pra lua. Acumulo banhos de chuva, amigos, rios, montanhas, desertos, orlas, olhares. Acumulo arco-íris no meio da estrada, músicas de karaokê, carnavais fora de época. Acumulo tempo na pele da alma, sorrisos frouxos, reflexões e pensamentos …

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Escritores Digitais – Minha entrevista para o Jornal O Tempo de Belo Horizonte, Brasil.

Perguntas de Patricia Cassese, Jornal O Tempo, de BH. Patrícia: Domingas, queria que você me contasse qdo começou a usar o Instagram como plataforma para divulgar seus poemas e o que te motivou? Eu fiz a minha conta no Instagram há uns 3 anos atrás. Mas não a usava efetivamente. Confesso que, na época, morria …

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