Domingas Alvim

Escrevo e me batizo com a água santa do caos das palavras. Escrevo e faço de mim a correnteza do rio, o riso da lágrima, o sol da chuva, a vida do avesso. Escrevo e assim conheço o que desconheço... Na escrita, reencontro os que nunca encontrei, mato as saudades das memórias com as quais nunca sonhei. A escrita é meu pouso, meu refúgio, o lugar para onde eu fujo quando quero me encontrar. Profundamente... Se escrevo, é para tentar me buscar. Se escrevo, é para tentar te tocar. Na palavra respira o meu ar. Nela, redescubro o amor que me gera e fico mais perto da vida... Escrever é só. Só a minha maneira de pegar o mundo com as mãos…

Em construção

        Estava pronta. Estava? As paredes já tinham subido. Os rebocos, escondidos. As estruturas no lugar das aparências. Todos os rejuntes nos ladrilhos. O encanamento encanado. As torneiras jorrando águas correntes. As descargas descargando os restos da vida. Toda a parte elétrica de fios terras aterrados, profundamente. O chão no chão. Revestido …

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