Domingas Alvim

Escrevo e me batizo com a água santa do caos das palavras. Escrevo e faço de mim a correnteza do rio, o riso da lágrima, o sol da chuva, a vida do avesso. Escrevo e assim conheço o que desconheço... Na escrita, reencontro os que nunca encontrei, mato as saudades das memórias com as quais nunca sonhei. A escrita é meu pouso, meu refúgio, o lugar para onde eu fujo quando quero me encontrar. Profundamente... Se escrevo, é para tentar me buscar. Se escrevo, é para tentar te tocar. Na palavra respira o meu ar. Nela, redescubro o amor que me gera e fico mais perto da vida... Escrever é só. Só a minha maneira de pegar o mundo com as mãos…

Refugiados Anônimos

Segundo a segundo nos abarrotamos com notícias irrelevantes sobre tudo. Tudo para termos a sensação de estarmos “participando”. Mas participando de quê? Da notícia de uma bomba no Iraque? Da dor da “vizinha” do Acre que perdeu a filha num jogo de cartas? Do luto de um amigo de um amigo que nos adicionou no face há …

Refugiados Anônimos Leia mais »