Domingas Alvim

Escrevo e me batizo com a água santa do caos das palavras. Escrevo e faço de mim a correnteza do rio, o riso da lágrima, o sol da chuva, a vida do avesso. Escrevo e assim conheço o que desconheço... Na escrita, reencontro os que nunca encontrei, mato as saudades das memórias com as quais nunca sonhei. A escrita é meu pouso, meu refúgio, o lugar para onde eu fujo quando quero me encontrar. Profundamente... Se escrevo, é para tentar me buscar. Se escrevo, é para tentar te tocar. Na palavra respira o meu ar. Nela, redescubro o amor que me gera e fico mais perto da vida... Escrever é só. Só a minha maneira de pegar o mundo com as mãos…

Sem perguntas

               Vestimos nossa originalidade nas marcas de nossas roupas. Pagamos carros do ano em 48 prestações, porque precisamos provar que temos algo de diferente em nós para mostrarmos. Tomamos remédios contra a ansiedade, porque nos enchemos de estímulos fúteis. Somos consumistas, claro, sem ideais, o que mais poderíamos ser? …

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