Domingas Alvim

Escrevo e me batizo com a água santa do caos das palavras. Escrevo e faço de mim a correnteza do rio, o riso da lágrima, o sol da chuva, a vida do avesso. Escrevo e assim conheço o que desconheço... Na escrita, reencontro os que nunca encontrei, mato as saudades das memórias com as quais nunca sonhei. A escrita é meu pouso, meu refúgio, o lugar para onde eu fujo quando quero me encontrar. Profundamente... Se escrevo, é para tentar me buscar. Se escrevo, é para tentar te tocar. Na palavra respira o meu ar. Nela, redescubro o amor que me gera e fico mais perto da vida... Escrever é só. Só a minha maneira de pegar o mundo com as mãos…

Sobre se Deus existe ou não

Acho bem infundado quando as pessoas entram em discussões infundadas. Certas coisas são da ordem da experiência individual, subjetivas e, portanto, pertencem a cada um. Por exemplo, vamos supor que eu tenha chegado a uma civilização em Plutão onde nunca ninguém tenha sentido sequer o cheiro de um morango. E eu, estrangeira, uma novidade, um dia recebesse …

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Sem coragem para terminar

Em par, dançamos juntos os passos esgarçados daquela velha história. Foram alguns anos, na sabedoria ignorante de que não nos amávamos. Foram tantas as memórias de lembranças ruins, que não sabíamos mais como nos desatar dos capítulos de nossa novela, dos muros, das quedas, das intrigas e lutas. Viramos uma disputa entre duas pessoas subtraídas que deveriam somar …

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Sempre é tarde de menos

Antes de mais nada: enquanto há vida, há tempo. Antes de mais nada: enquanto há vida, há possibilidade. Antes de mais nada: enquanto há vida, há caminhos. Antes de mais nada: enquanto há vida, há passos. Antes de mais nada: enquanto há vida, há saída. Antes de mais nada: enquanto há vida, há vontade. Antes …

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