Você é uma coisa assim. Sabe aquelas coisas assim, tão assim, que faltam palavras pra gente poder expressar. Quando você aparece, meu dia se abre, as cortinas do meu palco sobem e eu viro uma boba, um sorriso dentro do olho e outro nos lábios. Aí, você encosta sua boca no meu pescoço e faz tremer a ponta das minhas unhas. E a gente se beija aquele beijo que se beija por horas e horas e horas. Aquele beijo em que se deitam vários beijos, pelo meu corpo, pelo seu corpo, a gente se trocando numa intensidade de labaredas e chamas. Depois, eu toda já entregue àquele cansaço do após do amor, você se levanta, pede uma pizza e a gente termina o nosso dia assistindo a um longo filme sobre nada, só mesmo pra passar o tempo, só mesmo pra gente ter a desculpa de poder dormir, colados, no meio do sofá, como se a vida toda vivesse ali, na nossa sala-de-estar.