um coração que pulsa
bate como se o peito fosse mais que peito
mais que a espera de uma explosão atômica,
uma anatomia, anatomicamente fechada, cercada,
para ser
aberta
um coração que pulsa
como se o pulso fosse mais que o instante,
mais que o importante, mais do que aquilo que há
além de onde a vida se dá
um coração que explode
como se não tivesse defeito
como se a expansão fosse o único jeito
como se na terra melhor lugar não houvesse
que o peito
para se derramar
um coração que pulsa
dentro de um like
– mar de vontade de imensidão –
do you like me?, perguntei-te
e a resposta foi um coração
do tamanho
do silêncio…
*Crédito da Ilustração: Yllo Pedra.