Perguntas de Patricia Cassese, Jornal O Tempo, de BH.
Patrícia: Domingas, queria que você me contasse qdo começou a usar o Instagram como plataforma para divulgar seus poemas e o que te motivou?
Eu fiz a minha conta no Instagram há uns 3 anos atrás. Mas não a usava efetivamente. Confesso que, na época, morria de preguiça das redes sociais em geral. Até que, em abril de 2017, entendi que, se quisesse dar um passo adiante em minha carreira literária, precisaria quebrar essa barreira e mergulhar de peito e alma não só no Instagram, mas nas outras redes também. E foi aí que tudo começou para valer. Contudo, levei quase um ano para achar meu passo nessa plataforma. Testei muitos formatos, tipos de texto, cores, design de posts. Foi um processo muito interessante de aprendizagem. Hoje acho que cheguei a um modelo personalizado de IG que me agrada, misturando posts de textos e de poesia com algumas poucas fotos minhas acompanhadas de escritos que falam sobre o meu cotidiano, minhas viagens, minhas inspirações, etc. Meu uso do Instagram é estritamente profissional. Estou ali por meus textos, como a autora Domingas Alvim. É claro que, por ser uma rede social, algumas vezes, especialmente pelos Stories e de vez em quando nas Lives, eu me coloco em minha vida cotidiana, me apresento como a pessoa por trás da palavra, afinal, as redes são locais de interação e interação implica pessoalidade e proximidade, mesmo que pela via virtual.
Patrícia: Domingas, fala para gente sobre como tem sido o retorno, o número de seguidores, algum eventual caso… E, claro, queria que você me decifrasse como usa a mídia, quantos post faz e em qual regularidade?
Quanto ao retorno do público, achei fantástico. É imediato, sincero, presente, em tempo real. A pessoa lê o texto, gosta, curte, comenta, compartilha, indica para os amigos. Achei isso algo muito gostoso. Não é mais aquela coisa de antigamente em que você publicava o livro e alguns poucos leitores te davam um feedback via email, pessoalmente, carta, etc. Não tem mais essa distância entre o tempo de publicação e o de retorno. E é interessante ver como alguns textos, que eu acho suuuuper legais, não repercutem enquanto outros que eu nem imagino que vão bombar, viram sensação. Isso também me agrada muito nas redes. Essa imprevisibilidade, esse contato com o inesperado, esse algo que foge do controle do escritor. É como se o texto tivesse vida própria e, de acordo com o dia, ele é ou não é aceito, faz ou não faz sucesso. É bem fluido e oscilante, como a vida.
Quanto ao meu número de seguidores, por eu ser uma instagrammer de atuação relativamente recente, consegui até agora quase 36 mil, o que eu sinto que é maravilhoso, dado o meu pouco tempo nesta rede. Quanto ao meu uso, posto no máximo 1 post por dia, quando não 1 a cada dois dias. Acho que mais do que isso satura, afinal, é muita gente postando ao mesmo tempo. Temos que pensar que o leitor tem uma outra vida fora da rede, não é mesmo?! (rsrs) Na grande maioria das vezes meus posts vão acompanhados de um texto na legenda. Vario entre poesia e prosa, optando mais pelo uso da última.
Eu adoro usar o Instagram como ferramenta de trabalho. Essa proximidade com o público, que interage comigo diariamente, me mandando mensagens inbox, me dizendo o que sente ao ler meus textos, etc, isso para mim, como escritora, é uma oportunidade maravilhosa de saber como as minhas palavras estão tocando os corações de meus leitores e leitoras.
Patrícia: E quanto aos autores digitais que você segue?
Domingas: Quanto aos escritores de Instagram – ou Insta-autores – que eu sigo, posso citar alguns. Há muita gente boa escrevendo nesta plataforma. Um dos poetas que descobri recentemente e de quem gosto muito do trabalho é o Sérgio Vaz. O cara é um Poeta com P maiúsculo. Outros que também posso indicar, que já são bastante conhecidos, são o Zack Magiezi, o Rafa Magalhães e o Matheus Rocha. Cada um com seu estilo, mas com muita qualidade profissional.
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Meu blog de textos: www.domingasalvim.com