Eu pensava que ser livre fosse fácil. Que ser livre era só ser, andar por aí, sorrir, abraçar, amar. Eu pensava que ser livre era apenas ser leve, abrir uma lata de refrigerante, tirar uma foto de uma flor se abrindo. Eu pensava que ser livre era cuidar das minhas plantinhas, olhar o mundo com cuidado, assoviar uma música infantil, tocar o rosto de alguém. Eu pensava que ser livre era uma coisa boba como achar um coelho numa nuvem, ou um peixe, um navio, um coração. Hoje vejo que me enganei. Não por não entender o que era ser livre. Mas por não ter entendido que ser livre era uma coisa feita de entrega. Uma coisa feita de uma luz que se esconde no escuro. Uma coisa livre. De interpretação…
Crédito da Foto: Antoine Beauvillain